terça-feira, 4 de outubro de 2011

Em fim Férias


Em fim Férias

30/09 – Véspera deixamos tudo pronto em casa, restou apenas colocar alguns detalhes... Recebemos os amigos David & Adriana – Luiz – André & Rita para um brinde de Boa Viagem

Acordamos cedo, banho, roupa, capacetes, arranhas para os apretechos que vão a cima do Baú... caímos na estrada... em pensamento, pedimos a Deus que nos acompanhe nessa nova aventura para irmos e voltarmos bem, com muitas fotos e já pensando na próxima,  seguimos via Airton Senna, Marginal sentido Castelo e na mesma ao chegamos no Posto na saída de Itu/SP  paramos pq já tínhamos agendado de encontrar os amigos, os Dindos Mauro & Su e nosso querido Elton, tomamos café, colamos adesivos, trocamos abraços e votos de Boa Viagem e lá vamos nós estrada á fora... Felizes


Paramos mais á frente abastecemos e seguimos sentido á Londrina.




No caminho estrada tranqüila, em Londrina/PR, encontramos o grande amigo MR (Marcelo) que nos levou para almoçar, lá conhecemos o Carlotto e sua esposa, tarde fantástica, picanha no ponto, breja gelada, boa conversa, planos da viagem, isso não tem preço... Nós amamos Férias.







Pós o belo almoço, já tarde, seguimos sentido Faxinal, dia de muito sol, calor sufocante... porém estrada limpa e tranqüila, choveu um pouco para amenizar o calor... com isso paramos para colocar as capas, isso á uns 10km de Faxinal e infelizmente ganhamos um pelo brinde de viagem... Prego no acostamento = pneu furado...




Tudo bem, afinal pneu furado Tb faz parte da viagem e não esquentamos de inicio, pois nos prevenimos em levar duas vacinas para o caso de pneu furado, colocamos a primeira, assim que encheu... puts esvaziou em seguida... Colocarmos a outra e nada, vazou tudo pelo furo...  Só nos restou então pedir socorro ao Zô   :(

Mais alguns minutos no acostamento, ele chegou para nos resgatar com a Saveiro, a chuva já tinha indo embora, restou pensarmos em como colocar a XT na Saveiro pesada daquele jeito pneus zuado e bagageiro solto, pedimos ajuda á caminhoneiros, que, graças a Deus dois deles se prontificaram a nos dar uma força.


XT na caçamba seguimos, para Faxinal atrás de borracharia...


Problema resolvido. Valeu Zô!!!

Seguimos para casa dele onde, iríamos receber os amigos MR & Isa, Carlotto & Esposa para uma breve confraternização, valeu Thurma é sempre muito bons revê-los.


Obrigado Zô e Jaq por nos hospedar mais uma vez, dormimos com os anjos

02/10 – Tudo pronto novamente, nos despedimos e seguimos viagem, moto abastecida, pneus ok, bagageiros ok... Lá vamos nós sentido á Cascavel, manhã com carinha de chuva... mas vamos, pq tem muitos km’s pela frente.


Em Cascavel, parada para um pit stop, abastecemos, dia de sol, acesso rápido no fol, recado do R. Ghise pedindo para ligar, ligamos, mas não conseguimos falar, então seguimos sentido Capanema.


Até o momento, graças a Deus tudo certo, estrada tranqüila, sem trânsito... alguns km á frente, como nada é sempre só sorriso, pegamos estrada em péssimo estado  :thumbdown:, rodovia Federal duplo sentido, buracos e mais buracos em ambos os lados, acesso pesado de caminhões, percurso muito ruim... : (

Nota zero ao governo Federal que não se preocupa com a segurança das pessoas que utilizam suas rodovias. 

Em Capanema, recepção calorosa, Família Boeira como sempre nos recebe com alegria, revemos os amigos Boeira & Carla, Luiza, Carol, Guto & Rê, conhecemos os novos amigos Marcos & namorada, Sandro Mantelli, Dorizan Jr & Ana, logo após, chegaram o R Ghise & Denize, Everton Antunes, festa.


Churras, breja gelada, planos da viagem, alegria... É muito bom estar entre amigos, obrigado pelo carinho conosco

Mais tarde, seguimos para casa do Boeira onde ficamos e pela manhã seguiremos sentido Argentina. Obrigado mais uma vez Família Boeira por nos hospedar, pelo carinho e amizade

03/10 – Seguimos para Aduana de Capanema acompanhados pelo Boeira, apresentados dos documentos na aduana, fotos, abraços, seguimos Argentina adentro.

Em fim vamos conhecer a estrada que nos trouxe em 2009, num percurso de muita tensão, noite de 26/10/2009. Durante o dia pudemos avaliar a distancia e a solidão que a mesma possui e agradecemos mais uma vez por ter chego aquele dia, sãos e salvos.

Nosso destino final era Corrientes, lembrávamos de quanto longe era e de sua infinita reta... Em certo km, paramos para abastecer, encontramos um motociclista de Brasília/DF, estava ele de Honnet dourada, sozinho, seguindo o mesmo destino Corrientes, até falamos de irmos juntos, mas como tínhamos a indicação do Boeira de no caminho paramos em San Ignácio para conhecer as Ruínas, ele seguiu viagem.

Nas ruínas historia interessante porém bem simples, tão logo seja possível postamos as imagens  :thumleft: almoçamos em um lugar bem interessante, o Restaurante do Sr. Diorgenes, senhor simpático, que tb possui o gosto de viajar, tem vários álbuns de suas aventuras, ele nos recebeu com sorrisos, nos apresentou e demonstrou os pratos da casa inhoque de batata, de mandioca, de ervas finas, de quatro queijos e a experiência inhoque de erva mate, ele nos serviu uma porção e cada ao molho de tomate com seu toque especial, estava mesmo muito bom todos os sabores, nos pedimos um churiço com papas, também estava muito bom, tiramos algumas fotos e seguimos para as ruínas, ficamos em torno de 2:00hs, e seguimos viagem

Rodovia bem movimentada, tanto de carro, como de caminhões, asfalto bom = viagem de bom desenvolvimento. Pós, quilômetros infinitos, chegamos a Corrientes já no final do dia, cansados, porém felizes por estar na estrada, com todo planejamento que tínhamos, já sabíamos que não seria fácil esse pedaço, pq como é entre aspas Deserto, a distância parece que se multiplica em 10, mas é muito melhor entrar pela Argentina do que pela Bolívia, ah isso é...

Em Corrientes, restava achar hospedagem e essa foi uma tarefa cansativa, não tínhamos reserva e muitos hotel estavam lotados, além do custos ser muito alto, no final conseguimos um Hostel, simples, porém dentro do preço pré-reservado, cama, chuveiro quente, blz, vamos descansar.


04/10 – Saímos de Corrientes, sentido á Salta, hoje foi um dia bem puxado, foram 800km parando para abastecer, próximo ao horário de almoço, como não há nada no caminho, tirando algumas cidadezinhas que surgem, mas que parecem ser desertas, paramos para um almoço completo Liofoods Arroz, Papas e strogonoff de carne... hum tava bom... : )

Seguindo viagem nos deparamos com a falta de gasolina mencionada, pelo Boeira e como recado no Fol pela Salsicha ambos informados pelo Kenji, ficamos na fila de abastecimento +/- 1:30hs. 

Menina abastecida, seguimos viagem e graça a Deus, mesmo com essa parada no posto, chegamos cedo em Salta/AR, cidade imensa e muito bonita.

Dessa vez já tínhamos reservado o Hostel, foi só colocar o endereço no GPS e seguir rumo ao destino. Banho tomado, voltinha básica nos arredores, janta muito boa e breja gelada : )

Aqui estamos nós relatando os acontecimentos aos amigos que estão nos acompanhando e mandando vibrações positivas para nossa aventura.

Á todos, um forte abraço, agradecemos mesmo toda amizade e carinho, vamos dormir pq amanhã tem mais

Abraços


05/10 – Saímos de Salta sentido á Paso Jama, onde começamos a subir, passamos por Purmamarca onde há as montanhas coloridas e os cactos gigantes, há +/- 2000m de altitude, e lugar espetacular, a serra é escupilda por paisagens, hora com tonalidade dourada, hora cinza, hora verde, hora mesclado... como complemento, há cactos grandes que chamam atenção pela quantidade e tamanho, o asfalto é tapetinho e as curvas são deliciosas.
Beleza sem igual, ficamos um tempão admirando e registrando esse dia fantástico, podemos passar por aqui varias vezes que não iremos nos cansar de ver e rever esse lugar maravilhoso.

Seguimos, paramos em Salinas Grandes, coisa sem igual, uma área cortada pelo asfalto de extensão além da visão, um mar de sal, Show de se ver, há cooperativas de sal onde se há o trabalho de extração do mesmo, existe pontos preparados para os turistas onde há pequenas piscinas salgadas para apreciar, tiramos algumas fotos...

Seguimos para Aduana da Argentina, paramos em Susques no Hotel para almoçar, na aduana encontramos novamente o amigo de Brasília com a Honet, essa aduna há dois anos atrás era um barracão de zinco, hj é uma construção nova e grande bem estruturada

Saída da Argentina, seguimos para a grande subida das Cordilheiras dos Andes, já ao final da tarde, estava a temperatura em torno -10º. as montanhas ainda congeladas, nas bordas da pista havia bastante gelo o que aumentava ainda mais a sensação térmica, chegamos ao cumi a 4834m de altitude, o sol se pondo e a temperatura caindo e a gente sentindo-se congelados.

Após 157km, descemos sentido aduana Chilena/San Pedro do Atacama, tivemos que desmontar a bagagem para fiscalização e ingressamos ao Chile. Já aviamos reservado o Hostel, seguimos para nos acomodar.

Tudo aqui em San Pedro é rústico, as casas, os hostel são casinhas de barro e pequenas, as ruas são estreitas, muitos turistas, restaurantes e comércio.

No Hostel Juriques, para entrar com a moto, tivemos que desmontar tudo... a cabana é uma caixinha de barro, porém é suficiente para nos acomodar bem, o colchão é muito bom, os banheiros são comunitários e ficam de fora, porém tudo muito limpinho, os chuveiros também são bem quentinhos o detalhe é que possui horário para banhos, devido as normas da cidade.

Acordamos os passeios do dia seguinte, Gêiser El Tatio e Valle de La Luna, para o Gêiser, nos foi recomendado a saída as 4:00hs e que estivéssemos muito bem agasalhados pq lá o frio é de doer.
Saímos para uma breve volta na cidade, compramos coca e pães para e jantarmos Liofoods “Macarrão á Bolonhesa” Jantados e de banho tomado, fomos descansar para as 4 da matina.

06/10 4:00hs em San Pedro, estava frio, mas tolerável, ao entramos no micro ônibus, encontramos umas mantas e nos foi recomendado que voltássemos a dormir, pq o caminho era de 98km +/- 1hs, porém o caminho por ser ripio, poderia durar em torno de 2hs.

Dormimos, sendo despertados já na entrada do Gêiser, no ônibus haviam brasileiros do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Santo André, durante o passeio fizemos amizade.






Ao descer do ônibus, nossa!!!! Era tão frio, mais tão frio que o vento cortava o rosto e rapidamente a temperatura do corpo caiu e nos sentimos congelando, nessa entrada há banheiros e o local onde pagamos os ingessos 10.000mil pesos chilenos os dois ingressos.

Voltamos ao ônibus para a trilha inicial do passeio... que frio!!!

É um espetáculo o lugar, há diversos pontos de vapor, onde a água escorre no terreno em volta, um lugar é rico em mineral, a água chega em torno de 85º.  A guia recomendou cuidado para não acontecer acidentes e nos contou um pouco de cada abertura.
Nos disse também que a temperatura estava -12º. E que chegaria á -14º. Caso alguém não se sentisse bem, poderia voltar ao ônibus.

Tiramos muitas fotos e filmamos algumas borbulhações para demonstrar á vcs.




O vapor é quentinho, mas não vale a pena se aquecer, pq logo em seguida essa umidade parece nos congelar, o dia foi amanhecendo e pós as fotos e explicações o sol nos presenteou com sua presença, fomos ao lado da piscina térmica, com as devidas orientações para não ultrapassar os limites demarcados, há casos de acidentes fatais.



Na piscina, vc se tiver coragem de se despir pode aproveitar um pouco para nadar, mas confessamos, precisa ter muita coragem para tirar a roupa com o frio todo do lado de fora... optamos apenas por continuar apreciando, estávamos de segunda-pele, jeans, blusas, toca, cachecol e estávamos com muito, muito frio.

Passeio fantástico, lugar incrível, nos foi servido o desaiuno e com isso podemos nos esquentarmos um pouquinho, um pouco mais de fotos em seguida e já seguimos de volta á San Pedro.

Em San Pedro, paramos no restaurante para almoçar, encontramos outros dois amigos recentes Alexandre e Fernanda de Ilha Bela/SP, nos conhecemos na entrada ao Chile na aduana, também são motociclistas, mas optaram dessa vez por vim de mochilão, como ele disse...rs Acredito que na próxima a menina vem junto...rs

Pedimos brejas e ficamos conversando, nós precisamos aguardar o horário para o próximo passeio as 16:00hs ao Vale da Luna.

Eles também estavam se programando para passeios, ao final da brejas nos despedimos, almoçamos e seguimos ao Hostel para nos preparar.

As 16:00hs chegou nosso guia e seguimos, nossa primeira para foi no Vale dos Dinossauros... que lindo, montanhas esculpidas em diversos formatos, lembrando uma série de pinheiros juntos, a tonalidade de café com os reflexos do Sol, deixava tudo um espetáculo de cores, cordados pela asfalto novinho com a marcação das duas faixas em amarelo, muito bonito de ver. Do alto vc pode ver todo vale ao redor e ao fundo as cordinheiras e o vulcão Lincancabur... Show

Depois entravamos no Vale da Luna onde pagamos os ingressos 4.000mil pesos chilenos, neste ponto há venda de água/refrigerante e banheiros.

Estava muito quente... foi recomendado levássemos muita água, óculos de sol e protetor. Seguimos, a cada ponto o nosso guia parava para que pudéssemos tirar as fotos e nos contava um pouco do lugar.

Paramos para uma caminhada de +/- 30minutos, descendo as rochas e entrando em um vale, de uma lado dunas do outro montanhas... louco!!!

Subimos e descemos entrando em uma gruta, a principio ainda clareada pela luz do sol e a medida que entravamos escuridão total, o lugar possui rochas firmes e geladas é legal estar com lanternas para poder apreciar bem essa gruta todo esculpida, hora podemos caminhar em pé em outros somente agachados. Saímos do outro lado, no alto e a vista é um presente de Deus.

Seguimos de volta ao carro... passeio cansativo pelo desgaste da temperatura, mas com certeza, vale-se muito fazê-lo.

Paramos nas Três Marias para fotos, essa formação de rochas tem aproximadamente 1.000 anos, são duas formações uma com três pontas e outra com um desenho que alguns dizem ser uma coração partido com encaixe para o outro e outros, que o guia diz ser sua versão preferida, a cabeça de um dinossauro saindo de boca aberta... vale ai a imaginação de cada um para ver qual versão aderir... atrás dessas rochas há um ponto de salinas.

Esse passeio tem a finalidade de conhecer todo vale e ao final aguardar o espetáculo do por do sol e sua beleza irradia nas montanhas colorindo-as ainda mais a paisagem.

Seguimos, parando no Vale da Morte, que segundo o guia ganhou esse nome por uma má interpretação na palavra pronunciada por um missionário frances, ele, quis dizer que o lular era lindo e que parecia o Marte, mas como Marte na língua se pronuncia Mort houve ai a má interpretação, então ficou-se como Vale da Muorte... é um paredão dos dois lados esculpidos, lindos, que permite que vc desça até um mirante do vale por um outro ângulo, dentro dessas paredes vem uma rajada de vento muito forte e a sensação térmica cai muito... muito bonito de ver.

Seguimos ao ponto principal para aguardamos o Por do Sol, é um Cânion super alto que se permite uma vista panorâmica de todo o vale, possui diversas formações rochosas, não recomendamos a quem ter medo de altura, pq é muito alto, alto mesmo.



Ficamos então aguardando o Por do Sol na expectativa de poder registrá-lo com precisão... Lindo! Lindo! Lindo!

Voltamos por volta das 20:30 á San Pedro, procuramos um restaurante para jantarmos, muitos já estavam encerrados, entramos um que servia de tudo um pouco, optamos por pizza : )

Em seguida, encontramos o Pio (Ribeirão Preto/SP) e sua turma que está também em expedição por essa região, eles possuem um roteiro bem bacana para passear, estão em 8 motos... ficamos conversando e bebendo enquanto nos era servido o jantar.

Já estávamos nos despedindo quando chegaram as meninas de São Paulo Cinthia e de Santo André Sheila, conversamos um pouco mais, trocando a experiência dos passeios e admirando que saímos para tão longe e nos deparamos pessoas de tão perto, bacana : )

Nos despedimos desejando a todos “Boa Viagem”


Amanhã nossa programação é tranqüila, vamos dormir até mais tarde, fazer um tour pela cidade para comprarmos algumas lembrancinhas e descansar para seguirmos sentido ao Sul da Bolívia que será com certeza nosso maior desafio.


07/10 – Tiramos o dia para fica de boa, acordamos tarde, organizamos as coisas nos alforges e baú, atualizamos nossa planilha de despesas, almoçamos Liofoods “Strogonoff de carne com arros e batatas”, seguimos para a cidade, após algumas compras, resolvemos o lance de combustível e ficamos no Boteco bebendo e pitscando algo e conversando com a thurma via MSN, com o Pio (presente) e com forúm até por volta de 16:00hs, fizemos cambio reais x bolivianos.
Seguimos ao Hostel para uma breve soneca, á noite combinamos de encontrar a galera na praça.
Logo cedo, seguimos rumo á Bolívia.

08/10 – Acabamos dormindo e quando acordamos já era tarde, não fomos encontrar a galera na praça : S

Colocamos as coisas na moto e seguimos á aduana, porém tivemos que ficar na fila aguardando pq a mesma só abre as 8:00hs, fora a enrolação para liberação de saída/entrada e isso nos atrasou um pouco, seguimos rumo a Bolívia.

Um frio, ao pegarmos a saída para a Bolívia, já vimos que não seria tão fácil chegar ao nosso plano, o caminho é de ripio, porém um rípio com cascalhos de rochas e pedras finas, formando morrinhos de arreia entre costelas, não é um caminho único pq é feitos por jipes, então, hora segue um caminho e em outros formam outros diversos caminhos, algo bem confuso, horas rodamos bem, horas precisávamos ter muita cautela. Pós 5km chegamos a Aduana, muito frio, muito vento, estávamos entre o vulcão Lincancabur e montanhas.
Feito as devidas entradas, seguimos adiante, sempre com muita cautela.

Chegamos a entrada da Reserva Nacional de Fauna Andina Eduardo Avaroa, descemos para a compra dos ingressos Bs 300.- (150 cada), nesta entrada há uma instalação com hospedagem, alimentação e banheiros. Encontramos lá mais uma brasileira de Porto Alegre, que achou que a Dryca é muito corajosa em encarar tal desafio de moto, alertou sobre o caminho que estava bem difícil aos jipes, informou que o que mais gostou foi da Laguna Colorada, ela já estava de volta ao passeio junto com um Argentino.

Vale pena dizer que desde San Pedro, todos nos desencorajaram a seguir ao passeio de moto por conta do caminho e por conta da gasolina que não há no percurso. Tentamos contratar o passeio com os jipeiros, para que o mesmo leva-se para nós a gasolina e as bagagens... Mas, não rolou, apenas uma companhia se interessou, porém queria que pagássemos o valor do pacote completo, resolvemos ir então por nós mesmos.

Já na entrada da reserva é possível avistar a Laguna Branca, essa laguna é muito grande, a Laguna Verde fica ao lada esquerdo desta, então seguimos para contornar a branca e chegar a verde... Difícil, muito difícil, moto carregada, terreno zuado e garupa, tava F.... de segurar, porém, fomos escapando do rola... chegamos a branca, que lindo! Um espelho d’água, de cor clara, bem clara, com o vento forte ela simula pequenas ondulações e com os raios de sol, chega a nos cegar com a claridade, nas bordas é possível tocar o gelo que se forma, de um lado não há nada de vegetação, já no seu lado direito há um pouco onde os flamingos se aglomeram em busca de alimento, simplesmente lindo! Seguimos em busca da Laguna verde, ao redor o contraste da dor dourada na estrada e nas montanhas, ao fundo do outro lado a cor escura vinda do Lincancabur, suspiro, lindo!!!




Seguimos o caminho tentando não cair, porém o que seguimos não nos levava a Verde, ao longe pudemos avistá-la, mas não dava para retorná-la, resolvemos seguir a Colorada... o caminho cada vez mais difícil, quase caímos por diversas vezes e não seria um simples tombar a moto, por mais que tentássemos era muito difícil seguir, então decidimos retornar pós outro susto, não valia a penar por em risco a viagem, não podia por em risco nos machucarmos, principalmente a Dry... De coração partido, viramos a moto e começamos a retornar, decididos agora á encontrar o caminho que nos levássemos a Laguna verde... erramos ainda umas três vezes e escapamos de outros tombos, até que achamos um caminho que parecia nos levar... e levou... Espetacular!!! Maravilhosa!!! Linda!!! Uma piscina na cor Verde no meio do nada, incrível, perfeita.

Os jipeiros que passavam por nós só balançavam a cabeça, como se dizendo: “São loucos” pode até ser que tenhamos nos aventurado além... mais com certeza valeu a pena!!! belíssima!!! Passamos então entre as duas e encontramos no GPS o ponto até onde havíamos ido e voltado achando que estávamos errados... Saímos de lá realizados, apesar de não ter ido até a Colorada, ter o privilégio de ver a verde já nos deixou muito Felizes, principalmente em sair ilesos depois de tantos quase... : S

Retornamos a San Pedro, outra burocracia para entrar, novamente tivemos que desmanchar a bagagem para vistoria... A idéia era chegar a Tocopilla, mas já era tarde e chegaríamos a noite e sem nenhuma reserva de hospedagem, então decidimos ficar, achamos outro Hostel por sinal um pouco mais confortável que o primeiro, demos noticias e fomos descansar.


09/10 – Saímos sentido a Calama aprox 93km, de lá seguiríamos a Tocopilla, caminho tranqüilo, um pouco de frio para variar, estrada tapete, la vamos nós, paisagem magnífica, só vendo ao vivo para poder sentir, cada parte da paisagem com sua particularidade e beleza.
Como mudamos os planos de roteiro, não vamos a Iquique, vamos seguindo se der para rodar até Taltal, se não ficamos Antofogasta.

Paramos para abastecer em Tocopilla, seguimos, paramos em uma praia e ai o tombar da moto aconteceu... mas de boa, a Dryca já não estava na garupa, foi só um tombar mesmo devido a areia fofa, praia de gente rica, uma casa mais bonita que a outra, um contraste do que se encontra na estrada, casinhas simples do povoado indígena na maioria das vezes
Almoçamos num restaurante onde haviam uns caminhoneiros, comemos um peixe chamado Lisa, delicioso... Abastecidos, 14:38hs, decidimos rodar então só até Antofogasta, cidade grande, beira ao pacifico, bonita, localizamos onde ficar, vamos descansar, amanhã seguimos

Abraços

10/10 – Saímos de Antofogasta cedo e abastecidos, a idéia seria rodar até Vallenar, subindo Antofogasta, frio e nevoa presente, o dia amanhece tarde aqui... nossa primeira parada seria a Mão do deserto, então seguimos atentos para não perde-la. Nela tiramos algumas fotos




Seguimos estrada afora, pós alguns km’s começou a reta sem fim pelo deserto do Atacama, horas montanhas descoloridas, horas simplesmente nada de ambos os lados e assim foi até chegar a Sierra Colorada, linda de se ver, animamos um pouco, pq quando chegam as retas infinitas sem a mudança de paisagem parece que os km não rendem. O Litoral de Chañaral é mui belo, o Pacifico em sua extensão infinita de azul sem igual, em suas margens corais de todos os tamanhos para que ondas se encontrem show, ao redor a paisagem também mudou para imensos rochedos com vegetação entre as mesmas, a impressão que temos é que são os mesmos corais do mar.


Seguimos km’s e mais km’s, precisamos parabenizar o Governo do Chile, suas estradas são impecáveis, encontramos um ponto ou outro ruim, mais ainda assim, logo encontramos obras a fim de repará-las, o fluxo de caminhões é grande e acreditamos que com isso as obras são necessárias viabilizando a segurança. Há trechos que estão sendo finalizadas vias com três faixas para ida/vinda e nesse pagamos nosso primeiro pedágio fora de casa 550 Pesos Chilenos.
Chegamos a Vallenar no final da tarde, localizamos um Residencial, acomodados vamos descansar... amanhã continuamos pq estamos cansados, porém, desse cansaço não há como reclamar, nada como estar na estrada. Aproveito para agradecer a Deus mais uma vez por nos permitir realizar mais uma viagem bem em todos os sentidos, por nos acompanhar e nos livrar dos perigos, que ele nos permita concluir a mesma dessa forma, bem e em segurança. Eu Dryca, também quero em particular agradecer ao Flá por me permitir acompanhá-lo nessa viagem de beleza e riqueza em conhecimento e aventura. (Te amo Vida). Aos amigos, agradecemos por nos acompanharem e pelas dicas.

Abraços

Dryca & Flavildo





11/10 – Saímos de Vallenar, seguimos para descer a serra sentido Val Paraiso, estava mais um dia frio porém suportável, com tempo estava aberto mais ao chegar nas montanhas tudo fechou... entramos em um nevoeiro que não se via absolutamente nada...


Nessa região há muitas estações eólicas (geradores de energia através do vento, ventiladores gigantes ao topo das montanhas), nas estradas também há muitos pedágios chegamos a pagar  $ 1500 pesos em um deles, nos demais foram  $ 300, 550 e 700 pesos.
Seguimos sentido Val Paraíso, estrada boa, temperatura fria, porém tranqüila. Em Val Paraíso havíamos reservado o Hostel, mas ao chegarmos não nos agradou|, então voltamos ao posto onde aviamos pego informações o gerente muito prestativo, aliás todos os Chilenos foram muito prestativos conosco nas informações solicitada, ele nos indicou um novo Hostel que por sinal era excelente, o casal tem uma filha em São Bernardo do Campo/SP.
Jantamos ao lado do hostel em um Bristo também muito bacana Vinho e queijos



Amanhã seguimos á Santiago.

12/10 – Saímos de Val Paraíso cidade bonita, muito rica em agricultura... seguimos sentido á Santiago, no caminho fomos avisados que houve um grande acidente envolvendo mais de 40 carros devido á neblina... mudamos então o caminho sentido a Mendoza.
Los Andes é a ultima cidade Chilena antes de subir a Cordilheira pela Caracoles, de longe podíamos ver o paredão congelado, uma bela visão, encontramos muitos motociclistas descendo.
Á medida que subíamos sentíamos que temperatura ia caindo e a paisagem cada vez mais clara, encontramos no Posto o Pio e sua turma de Ribeirão Preto/SP, subimos juntos, a cada curva vc fica maravilhado com a visão a frente, pode ser comum á alguns, mas confessamos que para gente foi emocionante, tentamos registrar as curvas da Caracoles, mas é muito, muito alto e muito, muito frio...
Ao topo quando paramos para  fotos, começou a nevar... show, esse dia com certeza não iremos esquecer.





Almoçamos no topo das montanhas geladas e acredite qualquer prato escolhido o chã (Te) acompanha muito bem...rs
Passado pela aduana Chilena e Argentina, pós os tramites de saída/entrada, seguimos a serra abaixo á Mendonza, essa serra também é linda demais, aos poucos a temperatura vai voltando ao normal, a paisagem abre e torna-se dourada mesclada de cinza, muito bonito, passa-se por vários túneis abertos nos rochedos da montanha para seguir a estrada, o desafio agora são os ventos fortes que faltam derrubar a moto, são tão fortes que te jogam á pista contrária.


Amigos, apesar da dificuldade em determinados momentos, vale a pena cada km, cada sensação térmica seja de frio ou de calor, vale rodar e rodar por dias quando se depara com esses espetáculos da natureza.
O importante é curtir andar de moto e estar preparado para o frio e o calor, porém não é necessária muita bagagem apenas o essencial, andamos o tempo todo até o momento com as duas segundas peles e a roupa de moto, um cachecol, luvas e as bala clavas
Descida show, desejamos ao Pio e seus amigos, Boa Viagem.
Em Mendonza, localizamos o Hostel, um Argentino muito espirituoso, nos recebeu bem e ainda nos fez o favor de cambiar os pesos chilenos que restou, essa parte é difícil do Chile para a Argentina, as casas não querem trocar, em 2009 fomos conseguir trocar apenas no Brasil.
Compramos vinho e fomos descansar, seguimos amanhã sentido Córdoba.

13/10 – Sentindo a Córdoba pegamos um retão deserto com dunas e vegetação seca, horas encontramos alguns rebanhos de cabras ou vacas, vegetação rasteira típica de caatinga, foram 300km sem encontrar posto de gasolina, parecia interminável, paramos para almoçar Liofood’s, o tempo estava sol e quente.
Em alguns pontos pudemos ver gados/cavalos mortos á beira da pista por falta d’água...


Encontramos em fim o posto de gasolina, gasolina essa com o maior preço em toda viagem $ 7,00 pesos argentinos, mas era essa ou nada e o nada nos faria ficar na estrada  :hein, abastecemos 10 litros o suficiente para chegarmos, mais alguns Km’s encontramos outro posto de valor mais acessível, porém como não podíamos arriscar, como não sabíamos pegamos no primeiro mesmo.
Havíamos planejado dormir em Carloz Paz, á +/- 36km de Córdoba, já era tarde e a temperatura já estava começando a cair, além da chuva que vinha, passamos por uma cidadezinha chamada Villa Dolores, muito linda, esperamos que Carlos Paz também seja, precisamos fazer a troca de pneus e descansar um pouco.
Carlos Paz fica pós a região das montanhas de longe pôde avistá-las e ver como são lindas, já nos haviam informando que essa serra é show, toda rochosa, então seguimos com a intenção de registrá-la antes de a chuva chegar.
Linda, linda mesmo, montanhas cobertas por rochas grandes e esculpidas, com vegetação rasteira e verdinha, cheia de vida e cheia de curvas deliciosas:.
A chuva nos pegou já no topo das montanhas, mas não chegou a causar transtornos, chegamos bem a Carlos Paz e já pudemos perceber que é uma cidade grande e muito bonita, possui um lago grande ao redor da mesma, vamos ficar essa noite e o dia de amanhã para conhecê-la um pouquinho, além de descansar.
Jantamos com vinho nos acompanhando, todos os que experimentamos até agora foram muito bons.



14/10 – Acordamos tarde, pegamos informação turística no lugar onde nos hospedamos que por sinal é muito bem estruturado, fomos das uma voltinha de moto á volta ao lago, muito bacana, subimos e descemos uma serrinha muito bonita, tiramos fotos, almoçamos e retornamos, vamos trocar o pneu e fazer cambio para seguir viagem amanhã.
Pneus e partilha trocada, moto lubrificada e já com as coisas prontas, jantados, vamos descansar e seguir amanhã cedo até onde der pra rodar, queremos já entrar no Brasil, mas caso não seja possível dormimos uma ou duas cidades antes.

Abraços

15/10 – Acordamos cedo, moto já pronta, um desaiuno rápido, nos despedimos do casal Mario e Eugênia (Tb motociclistas), seguimos sentido á Santa Fé, sábado de sol quentinho, nem foi necessário toda a roupa que estávamos acostumados...rs

Esse percurso não há muito que se registrar, caminho reto e infinito, algumas plantações, alguns rebanhos de gado e estrada horas boa e outras nem tanto, nada mais.
Porém o dia está lindo, bom para um rolezinho de moto... : )
Mais a frente registramos uma romaria católica... um trânsito básico e depois de volta a estrada.
A Gasolina aqui na Argentina continua escassa, hora encontramos á preço normal, horas super cara e em outras não há : ( porém não passamos aperto com a mesma.
Chegando em Santa Fé, almoçamos, descansamos um pouco e seguimos, a idéia é rodar até Paso de Los Libres, procuramos acomodação e pela manhã ingressamos no Brasil via Uruguaiana.
Chegamos em Los Libres as 19:00hs, vamos jantar e descansar, nos despedimos do ultimo por do sol na Argentina, viagem tranqüila : )


Abraços


16/10 – Entramos no Brasil “Viva” que delicia e a sensação de chegar em casa, mesmo ainda não estando em nosso estado...rs. Maravilhoso viajar para outros países é tudo muito rico em cultura, em paisagens, pessoas... mas confesso que sentimos falta de casa : )
É uma sensação de segurança saber que estamos em nosso país sensação muito, muito boa.
Rodamos tranqüilos, chegamos em Porto Alegre as 15:00hs, Julio & Dana já nos aguardavam, ficamos com eles (carinho e atenção conosco... show de bola)... Mais tarde chegaram os amigos Dami & Mônica, Cap NX4 & Rochelle, AdrianoRX & Neiva, Roberto e Ze, obrigado amigos pela amizade e confraternização com o churras, estava tudo delicioso, muito bom conhecê-los pessoalmente.

17/10 – Saímos do Julio com todo roteiro do dia, primeiro de Porto Alegre á Nova Petrópolis caminho lindíssimo chamada rota romântica, em Petrópolis paradinha para fotos das flores, um jardim belíssimo, coisa de muito capricho e cuidado depois de Nova Petrópolis á Gramado, novas fotos, Gramado é chique, lindo, bem sofisticado, nosso Campos de Jordão, porém bem mais bonito na nossa opinião, seguimos de Gramado á Canela, que gracinha de cidade há muitas casas de chocolates, com vários personagens, muito fofo, entramos na Pq do Caracol, com um espetáculo de visão, uma cachoeira belíssima, show de bola. Seguimos o roteiro agora de Canela á Cambará, com parada agendada ao Galpão Costaneira para almoço, show de bola, seguimos com direção ao Cannon Fortaleza, pq os demais ficam fechados na segunda-feira, começou ai a aventura, foram +/- 24km de chão, horas tranqüilos chão batido, horas um monte de pedrinhas que deixou um tanto sem estabilidade ou melhor segurança ao passar, mas de boa, estávamos no piq... chegando ao local, para chegar ao Cannon é necessário seguir á pé, hum... parte não programada, roupa de motociclista definitivamente não é adequada para esse tipo de programa, deixamos as jaquetas e seguimos, confesso que de inicio xingando...rs mas quando chegamos ao topo... Nossa!!! Que visão extraordinária!!!
Valeu a pena o esforço de caminharmos uns 30 minutos com a roupa pesada, a visão foi compensadora, descemos e seguimos de volta a estradinha de terra. O roteiro indicava o caminho via São José dos Ausentes/São Joaquim percurso todo de chão... no inicio bem bacana pós os 90km já não estávamos curtindo tanto, precisávamos correr contra o tempo e trabalhar com o por do sol ao nosso favor, seguimos em direção ao Ricky e ainda tinha chão...   
Chegamos ao Ricky só o pó, o percurso de estrada de chão é gostoso, mas como já estamos á alguns dias rodando de moto, haja disposição física para curtir de inicio ao fim, mas tranqüilo, graças a Deus chegamos bem, os dindos já nos esperavam, então foi só alegria.
Fomos dormir por volta da 1:30 conversando, como é bons rever amigos tão queridos, ficamos até amanhã á tarde e depois seguimos á Floripa.

Abraços


23/10 - Chegamos em casa as 15:00hs cansados, muidos, porém felizes pela viagem, obrigado á todos por nos acompanharem durante todo o tempo, pelo Spot, pelo FOL, pelo Blog e etc...
Agradecemos ao papai do céu por nos trazer sãos e salvos de volta ao nosso lar. 
Viagem Show de Bola!!! Rever os amigos, conhecer novos, muito bom. 
Ter a Dryca como companheira  não tem preço.
Vamos selecionar as fotos durante a semana e postamos assim que possivel
Valeu 
Abraços
Flavildo & Dryca

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